São Bernardo inova com criação de novo sistema de coleta de resíduos e usina de geração de energia

Limpez Urbana

Publicação:06/06/2011


Ana Carolina Martins
da redação

Foto: Wilson Magão

Primeiro município do País a seguir as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída no ano passado, São Bernardo do Campo dá mais um passo para a construção do Sistema Integrado de Manejo e Gestão de Resíduos. Nesta segunda-feira (6/6), o prefeito da cidade lançou o edital com uma proposta de Parceira Público-Privada (PPP), estimada em 30 anos. A licitação, que pode atrair investidores estrangeiros, deve ser finalizada em novembro.

A empresa vencedora deverá oferecer ao município um sistema integrado de limpeza urbana, com qualidade e eficiência; implantar programa de coleta seletiva e de gestão de resíduos de construção civil; implementar e operar o Sistema de Processamento e Aproveitamento de Resíduos e Unidade de Recuperação de Energia (SPAR-URE-SBC); e remediar a área do antigo lixão do Alvarenga.

O chefe do Executivo afirmou que as cidades brasileiras, principalmente as regiões metropolitanas, têm colocado como desafio a questão do manejo do lixo. "Os municípios não devem continuar por muito tempo a depositar a quantidade de lixo produzido nos aterros. É precisar chamar os proprietários e gestores para que possam participar do processo de transição para uma tecnologia moderna e que corresponda a esse avanço", disse.

São Bernardo terá um modelo de gestão de limpeza urbana que permitirá melhorias e incorporação de novos serviços, assim como a ampliação do programa de minimização com coleta seletiva de materiais recicláveis e gestão de resíduos de construção civil.

O novo sistema possibilitará uma grande evolução no controle dos serviços de limpeza pública no município, incluindo uma fiscalização mais rigorosa e o controle por parte da população na qualidade dos serviços prestados. A proposta leva em conta a limpeza efetiva da cidade, sendo que a empresa poderá sofrer uma redução de 20% no seu pagamento caso os parâmetros de qualidade não sejam atendidos.

A reestruturação e modernização do sistema de limpeza também permitirão a ampliação do programa de coleta seletiva, hoje em 1% no município, e a meta é passar a 3% em 2012, chegando a 10% em 2017.